domingo, 28 de fevereiro de 2010

O que é isso no meu pescoço? O que é isso no rádio?

Andei lendo minhas postagens antigas...eu não sou analfabeta, o problema é que fico tão empolgada escrevendo que meus dedos tremem e atingem as  teclas erradas, mas isso não vem ao caso agora...

Estou sentindo uma dor no pescoço, uma coisa meio "torcicolo", só hoje coloquei a mão e percebi que minha amígdala está estranha, dolorida e inchada. Será alguma coisa grave?
Sempre quebrei o record das doenças. Já tive dengue três vezes ( e sobrevivi!), já tive crises estomacais de passar o dia vomitando tudo e no dia seguinte estar bem. Sempre que surge uma nova virose, faço questão de experimentá-la.
...

Eu gosto de Nirvana, cheguei a essa conclusão. As pessoas falam mal, dizem que as letras não fazem sentido e que os acordes são repetidos, mas a minha pergunta é : E vc? Faz sentido?
Eu curto ficar meio deprê ao som de Nirvana, uma coisa meio adolescente sujo.
Estava dando aula para um menininho de uns 9 anos. Ele perguntou se podia ouvir música no seu celular durante a aula. Disse que não e perguntei o que ele gostava de ouvir. "Lady Gaga", a criança respondeu.
Me perdoem os fãns alucinados dessa moça de nariz avantajado, mas eu não... não...sei lá, não rola. Eu escuto, até canto ( só não danço) suas músicas, mas não posso negar que a resposta do menino me entristeceu.
Prefiro curtir minha dor de cotovelo contra o mundo ao som de "Serve the servants".

Domingo

Muitas vezes mergulho no nada
Preciso firmar meu pé fortemente,
Senão caio do limite do mundo
Para dentro do nada.

My life has been stolen from me
I'm living in a town I have no
Wish to live in.
I'm living a life I have no wish to live.
How did this happen?
I'm dying in this town
I wrestle alone in the deep dark and
Alony. I can now , only I can undestand
my own condition.

Deixarei os outros saírem antes de mim.
Ficarei sentado, quieto, por um momento, antes
De emergir nesse caos, nesse tumulto.
Não quero antecipar o que está por vir.
O grande tumulto está em meus ouvidos.
Soa e ressoa sob esse teto de vidro como a ressaca do mar.
Somos afastados por um redemoinho.
Meu senso de mim mesmo, meu desdém, quase desaparecem. Sou empurrado,
Esmagado, projetado para o céu. Saio para a plataforma, agarrando firme tudo o que possuo:
uma mala.


Tenho uma folha amassada, guardada há tempos, com esse texto. Abaixo, no lado direito, lê-se Virgínia Woolf. Não sei se isso foi realmente escrito por ela, mas soa bem aos meus ouvidos, então quem quer que tenha escrito, me agradou.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Passei o dia pensando...

        Não trabalho as às sextas, pelo menos não agora. Só tenho uma aula particular muito light com duas alunas que adoro, mas elas ligaram avisando que hoje nosso encontro não seria possível. Depois de ser dispensada, assisti um filme indicado por um amigo, Nome Próprio, o qual pretendo comentar quando estiver mais inspirada.
        Mais tarde fui dar uma volta pelo bosque e só me senti mais solitária. O que estava fazendo ali sentada, numa sexta a noite? Não estava completamente louca, realmente tinha motivos para estar ali: aguardava alguns amigos para dar umas voltas sem destino. Apesar de minha presença estar justificada, ainda estava cedo demais para fazer valer a justificativa. Sentei-me próximo de um grupo de amigos. Provavelmente recém aprovados no vestibular, felizes e satisfeitos. Faz tempo, pensei. Me dei conta de que não senti o tempo passar. Algumas vezes me pego dizendo "estou ficando velha", mas quando digo isso é porque já estou.
2009
Fui morar com meu namorado, estávamos juntos há 3 anos. Era novembro. Esperamos ele voltar de uma viagem a SP para nos mudarmos para nossa casa recém alugada, ainda suja, mas já amada. Compramos fogão, geladeira, panelas, forma de bolo. Eu adorava fazer bolos no começo, fiz até um pudim. Um dia, na verdade, numa noite daquela época o George veio bater na porta da minha casa. Fiquei meio desconcertada, o meu "marido" certamente estranharia tal visita. E a visita estava mesmo estranha, acho que ele estava com algum problema. Me pediu um café. Fui mexer nas coisas da cozinha procurando algo para oferecer, falando dos meus bolos e das minha aventuras culinárias. "Tu tá adorando isso", ele observou. Nunca vou esquecer essa frase. Era mesmo verdade, eu estava adorando brincar de casinha. Gostava tanto que nem me dei conta do papel que estava fazendo. Lava roupas a tarde antes de sair pra trabalhar, e depois de voltar da aula. Isso não era de todo desagradável, mas o tempo me cansou. Cheguei até a me sentir culpada por não dar conta de tudo ( estudar, trabalhar, lavar roupas, limpar a casa, cozinhar e pagar contas). Até que numa bela manhã, antes de sair para dar aula por volta das seis da manhã, fui surpreendida com uma pergunta. "Tu passou minha camisa?" Respondi: "Não passei, mas lavei. Levanta mais cedo e passa." ( Eu trabalhava às 7 e eles às 9.)
"Eu não casei com uma mulher pra ela não lavar minhas camisas!"

...

Quem tem lido minhas historinhas ultimamente deve estar achando que estou obcecada com essa conversa, mas quem não está?
Quem nunca pensou em viver com alguém, em dividir suas coisas, seu espaço?
Eu era idiota? ( isso é uma pergunta retórica.) O que eu iria ganhar além de reprovação e reclamação pelos "serviços" mal feitos? Sei que soa feminista-clichê, mas o fato de eu ser mulher não me obrigada automaticamente a fazer as tarefas doméstica, ou a ser submissa e idiota.
Mesmo sabendo disso me encaixei nesse perfil que sempre repugnei. Depois acordei, vi que era um caminho sem volta e fui embora. Logicamente não foi tão fácil assim. Na verdade a sequência seria: fui amélia, acordei, pensei que não tinha problema continuar sendo amélia, me decepcionei, e fui embora. 
Percebi que tudo isso aconteceu por eu não saber encarar a solidão. Eu, a senhora "forte", rainha da cocada preta, não sei ficar só. Não sossego. Preciso de um "como foi o seu dia?", "o que tu tá fazendo agora?", de uma ligação pra dar boa noite. 
Esse é uma das minhas metas para esse ano, tipo promessa de gorda pra fazer dieta. Quero aprender a viver sozinha. Tenho zilhões de coisas mais importantes pra me preocupar. Chega dessa história de "amor". Isso é coisa de adolescente com tempo ocioso, ou de solteirona à beira da menopausa.
Lerei, isso mesmo. A partir de agora meus pensamentos teimosos e fujões serão ocupados com muita leitura.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Toda bêbada canta- Silvia Machete


Silvia Machete é uma moça carioca que decidiu viajar pelo mundo fazendo performances de circo, com seus bambolês e bananas, além de ser cantora. Suas letras são divertidas e suas performances no palco são ainda mais.Está no youtube, vejam!


Cheguei em casa

Toda descabelada

Completamente arrependida

Do que aconteceu

Tomei cachaça

E fumei como Maria fumaça

Completamente arrependida

Do que aconteceu

Não teve a menor graça

Tudo isso eu sei que passa

Mas não passou...

Eu não sou nenhuma santa

Eu não sou nenhuma santa

Eu não sou nenhuma santa

Cheguei em casa

Toda descabelada

Completamente arrependida

Do que aconteceu

Tomei cachaça

E fumei comoMaria fumaça

Completamente arrependida

Do que aconteceu

Não teve a menor graça

Tudo isso eu sei que passa

Mas não passou...

Eu não sou nenhuma santa

Eu não sou nenhuma santa

Eu não sou nenhuma santa

Toda bêbada canta, la la laLa la la la la la la

Agora eu não posso

Pode me chamar de aperriada, de apressada, mas eu gosto de decisão mais do que de jogo. Detesto enrolação, detesto uma "pinada" e um "tchau", detesto o depois. O nosso planeta está se deteriorando. Podemos sentir o sol queimar nossa cara às 7:00 , e ainda é dia claro até as 18:00. Lembro que quando era criança e voltava da escola umas 5 da tarde atravessando a passarela, via o crepúsculo, um céu vermelho, morcegos voando, se preparando para a diversão noturna, e hoje isso não existe mais. É um sinal. O mundo realmente e finalmente vi acabar, é sério! Não dá pra perder tempo pensando, tendo medo ou tendo vergonha. Eu sempre pensei que o mundo fosse acabar antes que eu chegasse a vida adulta, e nunca gostei de esperar, principalmente por coisas que poderiam ser resolvida num simples balbuciar de palavras. Outra coisa que detesto são as mentiras ditas por medo da minha reação. Qual é? Parece até que eu não posso suportar a verdade. Eu sou forte. Sou sim, vejo agora. Sempre busquei a independência. Quando adolescente buscava essa libertação de um modo arrogante, achava que isso significava não precisar de ninguém e tentava mostrar isso o tempo todo, mas aprendi que as pessoas não gostam disso. Um amigo seu dificilmente suportará ouvir que ele não é tão importante assim e que você sobreviveria até muito normalmente sem ele. As pessoas gostam de uma mentirinha, de uns "eu te amos" , uns "você é essencial para a minha existência, ohhhh". E eu mencionei a pouco que não gosto de mentiras. Sou meio estranha, admito, mas não completamente diferente de todos os outro seres humanos. Também gosto de certas inverdades.O que me causa aversão é não me dizer algo por medo da minha reação, e camuflar o fato com mentiras. Sinto ódio só de pensar. É, talvez minha possível reação seja mesmo assustadora. Sou impulsiva, mas evito ser. Gosto de me controlar, de pensar antes para não me arrepender, mas se penso muito não faço nada. Será que isso quer dizer que tudo o que faço pode causar arrependimento? Melhor mudar de assunto...Nos últimos tempos, e devido aos últimos acontecimentos (separação, desemprego,formatura, estar sem futuro e sem grana, etc.) percebi, finalmente, que as suas mazelas são causadas e cutucadas por você mesmo. Se há algo que te entristece, porque falar sobre isso o tempo todo?Se alguém te faz sofrer, porque ficar perto dessa pessoa? Vejo isso, em mim e nos outros. Isso indica que minha situação caótica é compartilhada por outras pessoas pseudo-normais.Aprendi também um truque que tem me ajudado: gritar "iiiieeee", silenciosamente, é claro, cada vez que me percebo na merda. Quem não tem nada, e ainda tem que cuidar, dar carinho e alimentar seu cachorro ( um pé duro adotado e muito amado), também não tem nada a perdar, então não há motivo pra se preocupar ou sofrer. Isso atrai coisas boas. ( acho que vou tentar escrever um livro de auto-ajuda intitulado "Liberte seu iieee interior). Minha vida está quase nos eixos. Tenho quase grana suficiente para pagar minhas contas, tenho até internet agora. E minha cachorra não passa fome, tem ração todas as noites, apesar de não tomar banho há tempos. Me sinto descendo da montanha onde mora o Pai Mei depois de passar por seu árduo treinamento.Now I'm gonna kill Bill!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Liberdade

Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.
Wikipedia

Para mim, a liberdade vai além do que se pode controlar. Ela não pode ser determinada por palavras, sejam elas apenas ditas ou escritas e juramentadas. É que nem na abolição da escravatura. Assinaram um papel, quebraram as correntes e disseram pros negro: "Vão, vocês estão livres!" É, livres...sem dinheiro, sem ter o que comer, para onde ir ou trabalho, grande liberdade essa. Vi agora há pouco no "Fantástico", que de fantástico não tem nada, que duas meninas estavam se beijando no carnaval. Um senhor de 50 anos sentiu-se ofendido e fez uma denúncia. Depois disso só porrada. Umas pessoas eram contra, outras a favor das meninas "beijoqueiras" (foram chamadas assim pelo programa de tv). Elas, por sua vez, denunciaram o senhor e os outros agressores dizendo estar sendo vítmas de perconceito. Está na lei, beijar não é crime,mas discriminar alguém pela sua opção sexual é. Tudo bem, as moças estavam amparadas pela lei, mas isso está longe de concede-las a liberdade de simplesmente dar um beijo em público. Eu, particularmente, não me sinto a vontade beijando em público, prefiro lugares mais...distantes, se podemos dizer assim.
Você termina um relacionameto (eu e meus dramas cotidianos) e está livre. "Corre, Forrest, corre!"
Depois de uns 20 minutos correndo desembestado você percebe que não sabe aonde está indo, e que já chegou longe demais para voltar. Então, bem no meio do caminho sem fim e sem volta você está livre. Uhuuuu! Aproveite.
Conheça mil pessoas, faça sexo, se apaixone.
E se você não quiser? Você não é livre para escolher? E se você escolher voltar à vidinha pacata, rotineira e repetitiva, aos fins de semana assistindo "Blade Runner" até dormir... É, você não é livre, esse escolha está além da sua pseudo-liberdade.

Aproveite, então, sua liberdade pela metade, e divirta-se.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uh-huuu!!!

Olha as coisas melhorando...passei no concurso pra substituto da UECE. Finalmente saí do desemprego. Estou curada da minha leve depressão. Mas, apesar dessas mudanças positivas ainda sinto falta de algumas coisas. Sentir falta não significa ter tido essas coisas, mas nunca tê-las encontrado. Fui ao Iguape numa segunda a tarde. Perfeito. A praia deserta, o barulho do vento e o sol que apesar de forte não queima, são perfeitos, calmantes. Ainda tenho tempo livre até começar a trabalhar de verdade, isso é uma coisa boa. A parte ruim, ruim a ponto que estragar a boa quase que totalmente, é que não tenho grana, fato que me impede de chegar até os lugares e de comprar um pouco de diversão...mas as coisas vão melhorar, já tive sinais disso. Enquanto isso só me resta dar voltas na PI, sentar no cantinho acadêmico e tomar um refri, ou até voltar ao fatídico pitombeira e ser mal atendida pela Help.
Paciência.