terça-feira, 30 de março de 2010

Conversas na praça/ Detesto acordar cedo!

         É tão bom ganhar ovo de chocolate...não só pelo chocolate, droga que tanto adoro. Sentir-se "amado" de alguma forma, ser lembrado, te faz, nem que seja por alguns minutos, sentir que as coisas não são tão ruins assim.
        Tirar uma ótima nota em um trabalho que eu julgava estar um bosta também não é nada mal. "Eu ainda penso algo que se aproveite", foi o que me veio a cabeça.
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         Tenho que me readaptar a levantar cedo. Achava que já estava imune à preguiça matinal, mas ela voltou a me atacar. Faltei 3 aulas de Francês seguidas. O pior é que tenho funcionado melhor a noite. Na verdade, o fato é que o único tempo que tenho comigo mesma é esse, depois das 22:00 e antes de dormir. Às vezes não consigo ler, às vezes penso, tento ter idéias. Idéias são caras. Imagino o Dr. Brown de "De volta para o futuro", pensando no capacitor de fluxo com aquele olhar de quem fumou pedra...No meu caso, as consequências são uma tarde cansada e uma puta cara de sono a noite.
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      Cheguei a conclusão de que nós nunca falamos sobre o presente, sobre o momento que estamos vivendo. Fui comer um sanduíche na praça antes da minha aula e escutei as conversas das mesas ao meu redor. Pessoas contando causos do trabalho, uma menina falando mal de um professor para uma amiga, o outro falando do futuro curso. Nenhum deles falava daquele momento, mencionava que a lua estava linda ou que a comida estava até gostosa para os seus 2.90.
Li um artigo sobre tradução intersemiótica, "O que restou do sonho americano?" e relacionei com o que ouvi hoje na praça. A realidade é mais fácil de ser apreendida através de algum meio indireto, como fotos, vídeo, poesia. A autora afirma que ninguém acha nada feio em uma fotografia. Concordo, mesmo que seja algo grotesco, faz as vezes de algo artístico, belo, sublime, quando retratado numa fotografia. É como lidar com as pessoas. Ficar distante é mais fácil e faz com que elas pareçam melhores. É também semelhante o tratamento que damos às lembranças. Tudo parece perfeito quando visto de um futuro distante. Na verdade, só o presente não nos pertence. Só conseguimos compreende-lo de longe.
      

segunda-feira, 22 de março de 2010

As pessoas sempre parecem mais interessantes de longe...

Sei que deveria estar escrevendo meu trabalho da especialização para entregar amanhã, mas essa frase me veio a cabeça e não pude resistir.Além disso é muito triste ter que escrever pisando em ovos, tendo que seguir a teoria do fulano e a do beltrano...tem uma hora que trava, e eu quero simplesmente dizer o que eu acho, mas temo pela minha nota e me calo. Então, para me distrair um pouco, dou uma olhada em um site de relacionamentos( não sei o motivo, mas é assim que a globo se refere ao orkut), e encontro a foto de uma certa pessoa. É mais sábio não citar nomes. Essa pessoa sabe montar um perfil atraente, tanto no site, como pessoalmente. Suas roupas, sua fala, são capazes de convencer que há algo interessante ali. Entretanto, para minha decepção, era mentira. Não passa do mais trivial, e pior, finge que não. Finge que faz parte de outro lugar, que tem algo a dizer, mas é tão banal quanto todos os outros. Depois que se descobre isso, até a voz da pessoa, antes atraente, causa náusea, soa falsa, como parte de um espetáculo montado para chamar atenção, para mostrar-se diferente. Me pergunto o motivo desse circo armado? Será atrair "gatinhas"/ "gatinhos"? Será que a pessoa se acha tão ridícula a ponto de achar que ela mesma, sem capa ou fantasia, não atrairia ninguém?
Bem , provavelmente não atrairia mesmo...É, esse talvez seja um bom motivo pra tanto disfarce.
Pronto, já falei mal de alguém. Agora que me sinto melhor, voltarei ao trabalho.
=)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dias...

Minha vida é composta por dias, que se seguem quase que aleatoriamente mas sempre levam ao mesmo dia, ao mais esperado, à sexta. Hoje é sexta, apesar de não sê-lo de acordo com o calendário ocidental. Hoje é dia de beber, de ir à uma festa e de só voltar pra casa na manhã de amanhã ( e ainda será sexta, no calendário).
Tenho me sentido muito chata, morgada. Deixei de beber deve fazer mais de três meses. No começo senti falta, mas agora nem se quer tenho vontade. Isso me tornou uma pessoa sóbria, excessivamente sóbria. Não é que eu não saiba sair, brincar, frescar e até ficar um pouco ébria com minha loucura natural, mas você começa a enxergar mais do que deveria. Começa a pensar nas razões que praticamente obrigam as pessoas a beber todos os fins-de-semana, que obrigam um encontro com os amigos, ou com alguém interessante do sexo oposto, a ser regado por álcool. Geralmente essas razões são desagradáveis, decepcionantes e revelam a fraqueza humana. Então volto pra casa, nessa pseudo sexta. Ainda vou decidir se sairei novamente, mas por enquanto nada me atrai o suficiente.

terça-feira, 16 de março de 2010

Meu enterro...

          Morrer é um fato. As outras coisas envolvidas nisso é que ainda permanecem um mistério. Algumas pessoas tentam inventar histórias bonitas pra aliviar o medo. Outras, pensam ser atraídas pela morte, mas esquecem que ela dói. 
        De vez em quando eu passeava pelas ruas do São João Batista. Sempre achei um lugar simplesmente lindo, apesar de abandonado. Mas não é assim a morte? Gostava de imaginar a história dos rostos pintados nas porcelanas dos túmulos. Confesso que desejei ser enterrada lá. Quando a gente é adolescente acha que vai morrer, mas quando fica mais velho acaba esquecendo desse detalhe.
        Pensei até no fundo musical do meu velório. Afinal a música marca os momentos mais importantes de nossas vidas, como as batalhas de "Star Wars" ou os filmes do Tarantino.  Uma música que certamente deve estar em meu velório é "Little Wing", do Jimmy Hendrix...
          Perdi alguns minutos digitando e apagando explicações sobre o efeito que essa música exerce sobre mim, mas não deu, não consegui... só sei que poderia escutá-la dez milhões de vezes , no volume mais alto do mundo, sem me sentir menos "abalada" pela voz e pela guitarra. Poderia ser a última música da minha vidinha.

sábado, 13 de março de 2010

A vida e as coisas que eu não entendo.

Se analiso os fatos na ordem em que acontecem não entendo nada. Sinto desespero, vontade de fugir. Nada faz sentido. Mas fazer o caminho inverso torna tudo mais claro. A vida tem vida própria. Às vezes acreditamos que nós é que decidimos, mas só estávamos pisando no caminho já marcado por ela.
Não sou adepta da crença num destino traçado antes mesmo de seu nascimento e coisa e tal, mas alguns fatos me fazem  questionar se aquilo não era mesmo pra acontecer naquele exato momento, que parecia ser o pior, mas não poderia ser mais oportuno.
It was meant to be...
Destino me lembra tragédia grega, que me lembra "Édipo", que me lembra complexo de Édipo ( que não tem nada a ver com o que eu tava falando). Então, para mim a idéia de destino anula toda e qualquer idéia de liberdade. E ainda é pior, você acha que foi você quem escolheu, mas se você tivesse ficado em casa assistindo "Sai de baixo", a sua noite sido trash do mesmo jeito.
Não, prefiro não acreditar nisso.
Mas para mim é inevitável ver, depois de tudo consumado, como os fatos de interligam, quase como uma colcha de lã infinita, tecida fio à fio, a cada segundo, uma nova casa se entrelaça.
"As Moiras ou Fatalidades eram três: ClotoLáquesis e Átropos. Elas fiavam o fio do destino humano e cuidavam para que um destino fosse designado para cada um e que ninguém escapasse dele. Eram consideradas deusas da vida e da morte e se chamavam: Cloto, a que fiava; Láquesis, a que determinava o comprimento do fio; e Átropos, a que o cortava em determinado momento."http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MGThemis.html

 





quinta-feira, 11 de março de 2010

A novela da Globo> Janis Joplin> Música que toca a alma.

Sempre, entenda-se sempre como desde que me entendo como ser pensante, adorei a Janis Joplin. Comprei um  cd , uma coletânea com suas músicas mais famosas. Escutava quase que diariamente, tomando banho, antes de ir pro colégio. Lembro da minha mãe comentando sobre a voz estranha, quase que urro, que ecoava do meu rádio amassado de tanto cair cada vez que eu tropeçava no fio que teimava em colocar de forma que ficasse pendurado na porta do banheiro, armando uma armadilha para mim mesma. 
Confesso que escutei esse cd muitas vezes, mas com as mudanças da vida, acabei por perdê-lo. Uma coisa boa da modernidade é o desapego. Não fiquei muito triste pelo cd, na verdade demorei a perceber que ele não estava mais em seu lugar de sempre, pois estava acostumada a ouvir minha amiga Janis no youtube.
Passei um tempo evitando minha amiga...perceber que você sempre escuta as mesmas músicas desperta um desejo de buscar algo novo. Esqueci, me afastei. 
...

Chego em casa sempre tarde, às vezes 9, às vezes 10, às vezes em horários impróprios segundo minha mãe que além de ter que me dar um teto (novamente) e comida(novamente) tem que acordar de seu sono para abrir a porta para mim. Num desses dias, cheguei, liguei a televisão e vi a novela, exatamente na cena em que uma menina estava cantanto "Trust me". Senti saudade, vontade de ouvir a música na voz da Senhora Joplin.
Lembrei de todas as vezes em que me senti deprê, feliz, louca, e coloquei sua música pra tocar.Ela nunca me negou companhia.  Nessa época eu só ouvia (lógico que isso é um exagero) Janis, The Doors , Pink Floyd e Led Zeppelin. Era obcecada pelo Doors, decorei todas as letras, li William Blake, etc. Voltei a ouvir Janis Joplin, várias vezes, as mesmas músicas, voltei a essa minha fase musical nada variada, mas o que é bom deve se repetir.

domingo, 7 de março de 2010

Terremotos> Não trata-se de uma "teoria", mas de uma simples análise dos fatos

  Nos últimos meses países como Haiti , Chile e Venezuela foram devastados por terremotos que além que causar danos à estrutura física de suas cidades ocasionaram centenas de mortes e algo ainda mais forte, terror.
          Trata-se de um fenômeno natural, é o que a mídia afirma, mas sou capaz de apostar com qualquer um que se atrever que o próximo país da lista será o Irã, ou algum de seus aliados, como o Brasil, que, segundo o presidente Lula, irá boicotar o boicote ao Irã "sugerido" pelos Estados Unidos. Só não entendo uma coisa, se alguém puder me explicar agradeço. Desde de criança tento compreender o porque dos E.U.A pregarem uma caça a qualquer país que tente desenvolver armas nucleares quando eles são a maior ameça nuclear do planeta. O caso se repete agora  ( mais uma vez, cinicamente ) contra o Irã. Mas dentro dessa história que vem se repetindo há milhares de anos, desde que os E.U.A descobriram o mundo, tive uma surpresa. O presidente do meu país( que foi sempre excluído, quando não, apenas lembrado por suas belas mulatas e negros jogadores de futebol, além do Carnaval, é claro) fez um pronunciamento contra esse ditador do mundo, mostrando toda a moral que ele consegui depois de provar que nós não somos um país de aborígenes dos trópicos. Quem for contra o Lula, por qualquer que seja o motivo, tem que pelo menos admitir que ele conseguiu colocar o Brasil num lugar de respeito. Sim, mas voltando aos terremotos.
          O que a maior parte da população mundial pensa tratar-se de fenômenos "naturais", é algo perfeitamente controlável. O cientista Nikola Tesla já fazia pesquisas sobre como a energia existente na ionosfera poderia ser usada para causar mudanças no clima e até no comportamento dos seres humanos."O seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência eléctrica em corrente alterna(AC), incluindo os sistemas de distribuição de energia multifásicos e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial." Wikipedia.
            Se vocês não acreditam no Dr. Tesla, os E.U.A acreditaram. Eles acreditaram tanto que a força aérea americana investiu, e ainda investe, milhões no H.A.A.R.P. project (High Frequency Active Auroral Research Program, Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência). Dizem que o projeto iniciou-se em 1993, mas ouso dizer que ele data de muito antes. As pesquisas desenvolvidas pelo HAARP podem parecer ficção para os mais descrentes, mas as antenas construídas no Alasca são bem reais. Os EUA não fazem a menor questão de negar que o projeto realmente existe. Há um documentário (infelizmente não legendado) de mais de meia hora no youtube. Há também um artigo no site  wikipedia, segundo o qual  em 1999, o Parlamento Europeu emitiu uma resolução onde afirmava que o Projeto HAARP manipulava o meio ambiente com fins militares. Também segundo o site mencionado o parlamento Russo emitiu, em 1992, um comunicado de imprensa criticando o projeto.
"Os Estados Unidos estão criando novas armas geofísicas que podem influenciar a baixa atmosfera terrestre [...] A significação deste salto qualitativo pode ser comparada à transição de armas brancas para armas de fogo, ou de armas convencionais para armas nucleares. Este novo tipo de armas difere dos tipos anteriores à medida que a baixa atmosfera terrestre torna-se objeto direto de influência e um de seus componentes."
Russian parliament concerned about U.S. plans to create qualitatively new weapons.
             
               Resumindo, os EUA criaram uma nova arma de destruição em massa que é super discreta e que pode ser usada sem que a culpa recaia sobre eles. Só que dessa vez os efeitos podem ser muito mais catrastóficos do que os da bomba atômica, e qualquer país pode ser a próxima vítima, mas a minha aposta já está lançada.


Para mais informações veja:
http://www.youtube.com/watch?v=c5zCeclHfSw

quinta-feira, 4 de março de 2010


Cacos de vidro. Um dia foram copos, bocas se encostaram em suas bordas, bocas esquecidas, misturadas, únicas. Pratos despedaçados, migalhas de pão. Tudo está espalhado, por mais que se tente juntar os pedaços, seria inútil. Mesmo que cada um deles seja recuperado antes de ter a chance de entrar na pele de alguém, jamais voltará a ser copo, prato ou boca.

terça-feira, 2 de março de 2010

Terça...

      Todos os dias sinto que vou morrer. Sinto o calor exaurir minhas forças, sinto o suor me sufocar, sinto minha alegria fugir de mim. Tenho medo de fechar os olhos e entrar num coma induzido (por mim mesma).
Talvez dormisse por dias, talvez por anos. Acordaria e nada teria se resolvido, como em "Kill Bill" e "Zona Morta."
       Talvez a única mudança notável depois do meu sono profundo fosse o calor, que certamente já terá ultrapassado qualquer medida suportável em alguns anos. Meu ventilador não ajuda, só espalha o ar quente pelo quarto, joga-o em minhas narinas... acordo fungando e cansada, como se não tivesse dormido realmente por mais de duas horas. Depois, mais mil horas dirigindo, tentando chegar a algum lugar, tentando ganhar dinheiro para pagar por minha sub existência sem importunar ninguém.
...
      Nessas minhas pseudo-férias fui à praia algumas vezes, mas não consegui encontrar o que sentia antes. Aquela sensação de inércia, de flutuar nas ondas, mesmo sem entrar no mar, não esteve em mim mais. O que terá mudado? Eu ou o mar?