segunda-feira, 30 de julho de 2012


July 31

It's a long road to becoming exactly the person you want to be, Taurus. You can't change who you are. Input from every person you know and lessons from every bump in the road contribute to who you are as a person. Be proud of yourself, but also realize that there's a great deal more internal development that needs to be done. Meditate or be alone for a little while. 

Pessoa - Marina Lima



Ando ressuscitando umas músicas tão românticas...e nem sequer um paquera eu tenho...loucura minha mesmo.

domingo, 29 de julho de 2012



Marion: Aposto que você teve várias mulheres durante esses anos todos.
Indiana Jones: É, eu tive algumas, mas todas elas tinham o mesmo problema.
Marion: E qual era?
Indiana Jones: Elas não eram você.

Bom queixo, Dr Jones.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Como sempre, dificuldades para lidar com as pessoas. Eu, geralmente, sou muito desapegada. Acho que não tenho amigos. Entretanto, às vezes me pego apegada demais.
Não sei mesmo do que preciso, ou o que quero (uma chata constatação).
Me ofereceram um emprego para dar aula de inglês. Vou aceitar, né?
Parei de ter vontade de morar sozinha, talvez por ter passado muitos dias fora de casa recentemente.
Ontem sonhei que alguém quebrava a pata da Linda, minha cachorra, e eu ficava com muito, muito ódio e tentava matar a pessoa.
Eu sou mesmo estranha.
Comecei um namoro que terminou menos de 2 meses depois. Eu pedi pra namorar e eu terminei. Contraditório. Mais estranho ainda foi meu namoradinho chorando, pedindo para não deixá-lo. Cena deprimente. Expliquei pra ele que aquilo só fazia eu sentir que estava fazendo mal para ele por deixá-lo em tal posição. Ele é um menino ainda. Talvez se torne pior pelo que eu fiz. Mas o que eu fiz? Fiz alguma coisa de errado com ele? Eu quis tentar, eu realmente gostei dele, mas uma pessoa sem nenhum objetivo na vida é chata demais pra mim. Prefiro ficar perdida entre mil leituras, mil planos, mesmo que eles não se concretizem, do que ficar no limbo.
Não via o menino desejar nada.
Uma vida sem desejo é vazia demais pra mim.
Preciso querer coisas.
Sinto vontade de me apaixonar.
Sinto falta de como eu era nas gravações que tenho de quando morava com o Emmanuel.
Eu era apaixonada.
O Adrian é que sempre me lembra disso. Esse olhar de fora me fez perceber a diferença entre essas duas Sarahs. Agora pareço mais dura, mais fria. E só se passaram alguns anos. Mas são anos, é muito tempo, não é?
Acho bizarro como uma ligação do Emmanuel ainda me arranca um sorriso. Ainda somos capazes de conversar sobre as mesmas besteiras e de fazer o outro rir mesmo que esses anos tenham passado e que tenhamos nos tornado diferentes.
Me questionei muito tempo sobre o que era o nosso "relacionamento", e hoje vejo que éramos amigos, os melhores amigos. Com quem você bebe sozinho em casa e ri a noite toda? Com quem você vê filmes ou cozinha? Com quem vc fala sobre seus outros amigos, seu trabalho, seu dia? Com um grande amigo.
Daí minha tristeza quando ele me negou ajuda.
Eu acreditava muito nessa amizade.
E ainda acredito, só que ele não é do jeito que eu esperava.
Paciência.
Acho que amizade tem muito a ver com amor. Eu considero as pessoas. Sei que sou uma filha da puta em vários aspectos, mas eu me preocupo e procuro não deixar quem eu amo na mão.
Amizade é muito maior do que o envolvimento sexual que o amor romântico sugere. É muito mais forte. Por exemplo, eu sei que vários amigos meus me acham uma fela da puta e discordam de mim em quase todos os aspectos, mas um não sei o que faz com que eles gostem de mim e ainda me queiram por perto. Há algo mais misteriosos e doentio, porém, belo?

domingo, 15 de julho de 2012

Ghost World

Comprei uns filmes pra me ajudarem nos planos de ficar em casa estudando forever...
Ontem tentei ver Ghost World, mas acabei dormindo. Nove horas e eu já estava mimindo. Cansaço.
Hoje, quando estava indo ligar o DVD feliz da vida, derrubei ele no chão, mas de uma distância de uns 5 cm só. Achei que nada aconteceria.
A bandeja nunca mais funcionou.
Passei meia hora procurando uma chave de fenda, pois, na minha mente de super heroína, eu seria capaz de consertar aquilo com meus poderes paranormais.
Logicamente, estava enganada.
Mais meia hora perdida.
Fiquei tão puta que comecei a bater no DVD (minha internet tbm não estava funcionando e eu não estava conseguindo me concentrar pra ler, então o que faria sozinha em casa num domingo a noite, sem DVD, Tv ou internet, e sem capacidade metal para ler?).
Começo a pensar na vida e fico triste.
Fuçando, acabo encontrando um outro DVD misterioso e, finalmente, consigo assistir o filme (tive que ver tudo outra vez, já que esse DVD não tinha controle).
Gostei. Muito. Mas fiquei meio angustiada, que nem quando li "O apanhador no campo de centeio".
Fiquei com medo de quem eu vou me tornar. Pior. De quem estou me tornando.
O mais ridículo ainda é que a personagem passa por sua crise nos seus 17, 18 anos, enquanto eu já tenho 26, quase 10 anos a mais.
Às vezes eu me canso dessas minhas coisa, das minhas queixas, da minha falta de decisão sobre a vida, sobre mim mesma.
Minha mãe acha estudar uma coisa muito juvenil. Hoje ela me disse que eu já deveria estar trabalhando numa grande empresa.
Quase berrei que eu não quero trabalhar em uma grande empresa, mas, seguindo a filosofia Ganesha, fiquei calada.
Depois pensei: não quero trabalhar numa empresa...quero?
O que eu quero?
Porque estou estudando?
Tenho uma doença grave: insatisfação crônica.
Quase sempre as coisas que eu desejo são muito mais encantadoras de longe. Quando as alcanço, geralmente, me decepciono e me arrependo. Isso serve para amor, amigos, trabalho...a única coisa que não me decepcionou foi estudar. Gosto do que eu estudo, e parece que todas as voltas sem destino que dei serviram para que eu descobrisse isso. É a única coisa que sei.
O resto de mim ainda é um total desconhecido.
Há muitas cenas marcantes no filme, como a do cara que, todos os dias, espera o ônibus que todo mundo sabe que nunca virá, mas que acaba passando no fim.
É um filme para ser digerido aos poucos.
Ainda estou começando.

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Meu desenhinho com nanquim



Rotina de férias/greve:

Nunca durmo antes das 3
Acordo depois de uma da tarde
Leio
Almoço lá pelas quatro
Leio
Brinco na internet
às vezes vou pro ensaio a noite
outras vezes desenho no meu intervalo.
Tô ficando cansada desse quarto.
=/

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ganesha tem os olhos pequeninos para demonstrar seu foco e concentração, duas orelhas grandes para escutar mais e uma boca pequena para falar pouco e assim poder aprender muito e armazenar todo seu conhecimento e sabedoria em uma grande barriga.



Hoje fui ao velório de uma moça. Eu não a conhecia. Na verdade, ela era aluna de uma amiga e tinha mais ou menos a minha idade. Talvez fosse um pouco mais jovem. Ele estava lá, no caixão. O rosto com hematomas e um corte bem grande no queixo. Acidente de moto. Lá pelas cinco da manhã de hoje ela postou uma foto numa festa. Um copo de vodka na mão. Voltou com uma amiga (que estava sem capacete, mas sobreviveu) e bateu num poste. 
Morte.
A morte sempre me faz pensar. Quantas vezes eu já não quase morri, seja por imprudência minha mesmo, por acaso, ou por desejo dos outros ?
E se eu tivesse morrido?
Sempre imaginei como seria meu enterro, quem estaria lá, o que as pessoas falariam. Acho que é influência do YuYu Hakusho (em um dos primeiros episódios o Yusuke presencia o próprio velório). Acho que deveria me esforçar mais para ser agradável, para levar o bem a outras pessoas. Às vezes me sinto tão pesada, apesar de frescar e acabar fazendo as pessoas rirem. 
Aqui em casa as coisas não estão muito boas. Estou cansada de ouvir piadinhas da minha mãe sobre meus amigos que, segundo ela, são todos estranhos, e/ou viados e sapatas. Estou cansada por ser criticada na cara por estar fazendo mestrado e não ter um trabalho (minha mãe não entende que recebo uma bolsa para estudar. Acho que se eu ficasse quebrando pedras com uma marreta, ela acharia que eu estou fazendo alguma coisa mais útil). Estou cansada de ouvir coisas como "começa em uma cerveja, os amigos oferecem....logo a pessoa sente vontade de beber...chega a beber em um bar". 
Parece que ela tá falando de pedra! 
"Beber em um bar!!!!"
Que coisa mais terrível e vil para uma pessoa de 26
 anos que paga suas contas fazer! Enfim, não quero que minha mãe aceite que sim, eu tomo cerveja de vez em quando. Não é esse o meu objetivo. O que me incomoda é que TUDO que eu faço é motivo pra reprovação e NADA merece um elogio. Sou um estranho no ninho, sou Gregor Samsa vivendo acuado em um quarto como se fosse um inseto. As pessoas me atacam aqui....minha mãe, meu irmão...o que quase nunca o faz (só quando gravemente influenciado pelos outros dois) é meu pai. Meu pai é uma figura muito inteligente. Há anos ele optou por quase não falar com a família. No começo isso me incomodava. Sentia como se não o conhecesse. Tinha vergonha que conversar qualquer coisa com ele. Mas hoje eu entendo perfeitamente que se trata de uma estratégia para viver melhor. Desde ontem comecei a utilizar o mesmo plano: só falo o essencial. Já tive uns dois picos de raiva e quase estraguei tudo. O que me fez começar meu "voto" se silêncio foi o escândalo que meu irmão deu ontem. Meu irmão. Aquele cujas reuniões de escola eu frequentei, aquele pra quem dei uma guitarra, um amplificador, caronas, pra quem indiquei leituras...Ele surtou. Me chamou de rapariga, quenga, quis me bater. Isso enquanto usava MEU computador. Um computador. Pode não significar nada pra vocês, mas eu entrei na faculdade, estava quase na metade do curso, e não tinha um computador. Tinha que pedir pros amigos me deixarem digitar os trabalhos nas casas deles. Era muito trash, e, na época, era caro pagar pra alguém fazer isso. Arrumei meu primeiro emprego e comprei um  computador. Meus pais JAMAIS teriam me dado um. Depois arranjei mais grana e comecei a pagar internet e tal. Pra mim foi uma conquista, um grande esforço. Ouvir aquele pivete mimado me chamando dessas coisas e usando daquilo que suei pra conseguir (pra trabalhar/estudar, não pra ver pornografia como ele) me irritou profundamente. Tão profundamente que parei de discutir e fiquei calada. E é assim que pretendo ficar FOREVER. Algum pedido de desculpas? Não. Minha mãe presenciou a briga e tentou me culpar. Pedido de desculpas depois? Não. Tô cansada de ouvir como meu comportamento é terrível para uma mulher, como eu deveria estar preocupada em me casar, como eu deveria trabalhar e estudar menos para poder ir para a igreja. Estou cansada de minha mãe mandar eu trocar de carro se ela sabe que não consegui nem sequer pagar a porra do carro velho que eu dirijo! Estou Cansada.
Sick and Tired.
Como um ser pode exigir tantas conquistas se, com o dobro da minha idade, ela não conseguiu nem metade do que eu já consegui? Não que eu me ache...mas se eu não achar que passar na porra de um mestrado, se professora de uma universidade, e ser financeiramente independente são coisas massa que consegui, então vou acreditar no que ela me diz (quase todo dia): que minha vida não está boa e que eu dou motivos para ela ter vergonha de mim.
Quer saber, eu tenho orgulho de mim. Não preciso que ninguém mais tenha. Mas é deprimente demais ouvir essas coisas que me jogam pra baixo o tempo todo.
De agora em diante, ficarei mudinha. Mudinha aqui em casa. Talvez um dia, quando eu estiver bem longe, alguém, além da minha amada cachorra, sinta minha falta sinceramente.