domingo, 24 de junho de 2012

Allie: Say I'm a bird! Say I'm a bird!
Noah: ...you're a bird.
Allie: Now say you're a bird too.
Noah: If you're a bird then I'm a bird.

domingo, 17 de junho de 2012

Sou a taurina mais impaciente que conheço. Gosto muito de tudo resolvido rapidamente, talvez por ter o raciocínio rápido em situações de pressão. Fico muito agoniada em ver as pessoas demorando mil anos pra motar um quebra-cabeça quando eu já sei a resposta há tempos. Isso me torna uma pessoa mandona, pois eu tomo a frente pra terminar tudo em pouco tempo. Também não tenho paciência pra ficar fingindo entre pessoas hostis. Eu sou muito anti-social, e tenho plena consciência disso, mas, nem por isso fico disparando farpas por aí. Eu sou agressiva sim, confesso, apenas quando tenho que defender alguma opinião (e a minha sempre estará certa). Parece que vou ter um infarto sempre que discuto (discutir no sentido de conversar, de argumentar) sobre qualquer besteira que seja. Nem sei de onde vem isso.
Tenho refletido muito sobre relações humanas desde que a Marcella deixou de ser minha amiga (há uns sete anos...caralho, como estou ficando velha). Hoje sonhei com ela. Sonhei que a gente tinha viajado juntas e que estávamos indo correndo pro aeroporto pra pegar o avião de volta pra casa). Então eu encontrava no chão um álbum com fotos de um menino de quem gostava quando tinha uns dez anos. Sonho véi nostálgico. Da Marcella não tenho notícias. Gostava muito dela. Isso eu só percebi depois de perdê-la, como a maioria dos humanos medíocres. Mas acho que foi melhor a gente ter se afastado. Nós fazíamos muita loucura juntas. Depois que ela saiu da minha vida eu comecei a trabalhar, a estudar mais...o namoro também me ajudou. Fiquei mais quietinha.
Infelizmente há males na vida que trazem coisas boas, como os remédios que não podemos misturar com bebidas. Não beber é uma dádiva.
Agora passo por uma situação parecida com a da Marcella, do fulano, da beltrana, e de tantos outros que passaram pela minha vida, seja como amigos ou como amantes. Apesar de estar vivendo a mesma coisa pela centésima vez, ainda não sou capaz de decifrar o que essas pessoas queriam de mim. Algumas eu até sei: um pedido de desculpas, amor eterno e cego, normalidade, o oposto de amor...
O fato é que não adianta mais. Eles já "morreram". Alguns voltam dos mortos, como o Icaro, que eu amo demais e sofri muito em perder. Mas o meu sofrer é agressivo, não choroso. Tenho raiva do tempo, das pessoas e do mundo, por brincar comigo. Eu sofro sim, mas eu não paro. Sei que vem gente nova, sempre. O lado ruim é o problema da fome e da água no mundo. O lado bom é que você nunca vai terminar de conhecer todos. Vai ter sempre alguém novo.
Não me entenda mal, nem me veja como fria por pensar assim. Sei que cada um é único, como a zebra amiga do leão em Madagascar, reconhecida em meio a milhões de zebrinhas listradas. Ela era única pra ele, assim como a rosa do pequeno príncipe. Como a raposa disse, o tempo que ele gastou com a rosa tornou-a única, diferente de todas as outras no mundo.