quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A grande pergunta do nosso tempo é "quem sou eu?" Estamos constantemente nos questionando sobre nossa condição. "Estou feliz?" "Era isso que eu queria?"
Nem sei se isso é bom ou ruim. Na verdade é muito fácil imaginar que as gerações anteriores viviam felizes em casinhas com cerca branca. Não sei o que se passava com eles, mas o que se passa conosco é uma ânsia de atingir um estado de satisfação consigo mesmo quase inalcansável. Você não é nem nunca será a mulher da capa da revista ou o cara do anúncio de cuecas. Ser só você, talvez um sujeito meio corcunda, magro demais e com olheiras, pode causar uma pane em sua cabeça.
Estou constantemente tentando ser outra pessoa, mesmo que seja contrária à esses padrões, o fato de me esforçar para derrubá-los o tempo todo, em vez de simplesmente ignorá-los, já mostra que me importo muito com eles. E isso acaba se transformando numa coisa negativa.
Tenho andado ansiosa demais, esperado coisas demais dos outros, respostas sobre mim mesma.
EU é que tenho que dizer, na minha cara, como eu sou. Tenho que criar coragem para isso.
E esse movimento de mudança tem que acontecer para o meu melhor, não simplesmente para contrariar idéias com as quais não concordo.

domingo, 9 de outubro de 2011

Imã para loucos

Lá estava eu dançando de legging preta com estampa de zebra, coturno (todo sujo) e uma blusa rosa choque com estampa dos personagens do Popey.Aí um cara chega perto perguntando: "Que banda é essa?"
"Não sei", eu respondo.
"Você gosta mesmo dessas músicas ou é forrozeira e veio aqui só pra conhecer?"

Pode parecer brincadeira, mas a julgar pela cara do indivíduo ele tava mesmo falando sério.
Essas coisas só acontecem comigo mesmo.





sábado, 8 de outubro de 2011

Fazia tempo que eu não passava por uma período de confusão mental como esse. Me sinto meio sem saber o que fazer comigo. É como se eu não enxergasse a estrada toda a diante, mas pudesse ver apenas o próximo degrau, e isso me dá uma sensação de insegurança. Como nunca quis ter nada muito seguro mesmo, isso geralmente não me perturba....geralmente.
Eu queria e precisava entrar no mestrado. Precisava por estar à beira de terminar meu contrato na UECE, e porque eu achei o que realmente desejo estudar, por isso eu queria, e tinha que ser ali, naquela hora. E deu certo.
Fiquei com uma sensação de "tenho rumo pelos próximos 2 anos da minha vida".
Até aí tudo bem, depois eu tive alguns probleminhas existenciais, alcoólicos,etc, mas ainda estava tudo sob controle. Depois, no dia 8 de Setembro, recebi a notícia de que minha tia tinha sofrido um AVC. Eu estava fora de fortaleza, num lugar super bonito e, supostamente deveria aproveitar a viagem, mas não deu. Fiquei pensando um monte de coisas, me sentindo egoísta por estar lá "curtindo" enquanto a minha família precisava de ajuda, mas aí pensei "se eu estivesse lá não mudaria nada mesmo."
Só que não foi bem assim, também não vou entrar em detalhes, mas essa situação de vunerabilidade de uma das figuras mais fortes da família me fez refletir sobre todos os aspectos da vida, sem exagero.
Pensei sobre o amor, sobre como as pessoas escolhem seus "parceiros" pelas qualidades erradas. Do que adianta beleza, simpatia e bom sexo quando você precisa de alguém que troque sua frauda e te dê banho?
A gente pensa que esse tipo de coisa só acontece na velhice e logo vem à cabeça o pensamento: "e eu nem sei se vou chegar lá."
Mas não é bem assim. Minha tia me provou que de repente você pode ficar que nem uma criança, não importa o quão forte e independente você seja. E quem você acha que estará lá pra te ajudar? Quem irá se importar?
Fiquei triste, bem triste.
Fui melhorar há poucos dias e ainda estou meio sem entender, ainda meio perdida. Minha tia saiu da UTI, mas ainda está no hospital, e não está totalmente recuperada.
E eu ainda estou meio paralisada, sem saber em que direção caminhar. E ainda insatisfeita com minha vida, embora reconheça que tenha motivos de sobra pra agradecer. Na verdade acho que estou insatisfeita comigo mesma, com certas atitudes que não consigo mudar, que me escapam do controle algumas vezes. Apesar das várias tentativas frustradas, continuo na luta, tentando mudar a mim mesma para melhor.