quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dreams

Oh my life is changing everyday
Every possible way
Though my dreams, it’s never quite as it seems
Never quite as it seems

I know I felt like this before
But now I’m feeling it even more
Because it came from you

Then I open up and see
The person fumbling here is me
A different way to be

I want more, impossible to ignore
Impossible to ignore
They’ll come true, impossible not to do
Impossible not to do

Now I tell you openly
You have my heart so don’t hurt me
For what I couldn’t find

Talk to me amazing mind
So understanding and so kind
You’re everything to me

Oh my life is changing everyday
Every possible way
Though my dreams, it’s never quite as it seems
’cause you’re a dream to me
Dream to me

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DDA

        Tenho uma terrível dificuldade em me concentrar. O pior é que esse problema se espalha por toda a minha vida. Se não sei onde está o carregador do meu celular, não consigo ler o texto. Se leio o texto e anoto coisas interessantes em um pedaço de papel, logo não sei mais onde o pedaço de papel foi parar.  Fico o tempo todo preocupada, pensando das 10212983498'134 milhões de coisas que tenho que fazer. Fico tão preocupada que acabo não fazendo nada.
       E ainda tem o calor, que tira qualquer um do seu estado normal. Não consigo mais existir a tarde. Antes, se não conseguia estudar, aproveitava pelo menos pra dormir. Agora, com esse calor insuportável, qualquer uma das 2 coisas se tornou impraticável. Meu único momento de concentração, sem clima desértico, é a noite, a madrugada. O problema é que tenho que estar no trabalho às 7:30. Mesmo que eu acorde cedo, minha cara fica "de ressaca".
       Fico buscando estratégias para não me distrair, mas aqui estou eu, escrevendo besteira antes de terminar de corrigir milhares de coisas. Ontem, já de madrugada, me deu vontade de ver "Garota, interrompida". Por que eu fiz isso comigo mesma? Quase não consegui parar de ver. Fiquei pensando na Suzanna (Winona), se achando tão normalzona entre aquelas mulheres "loucas". Depois, vi uma entrevista da Angelina Jolie na época. Ela foi indicada ao oscar por sua personagem, a sociopata , Lisa. Na entrevista, Jolie dizia que Lisa era a pessoa mais livre que ela tinha interpretado e mais realista. Fiquei pensando no que ela falou sobre aquele tipo de lugar. Por não precisar dar um rumo à sua vida, você acaba se acomodando,e por ser tratado como criança, você acaba alimentando esse tipo de tratamento. Faz graça pros outros rirem, chinga, joga uma coisa em alguém....naquele mundo fechado é fácil ficar "louco", disse Jolie.
       Ela mesma ficou meio fora de si enquanto grava o filme....
Fui ao CEFET-IFCE SEI LÁ pedir para eles me aceitarem de volta nas artes cênicas, que agora é Licenciatura em Teatro...lá vou eu outra vez, querendo fazer mil coisas ao mesmo tempo...

domingo, 24 de outubro de 2010

Cranberries

Show dos Cranberries.

           Cheguei umas 22:40. No ingresso dizia que o show começaria às 22:30, mas, como esse povo nunca é pontual, cheguei tarde e me arrependi.
           As pessoas são organizadas da seguinte forma: os ricos ficam no camarote, aqueles que estavam com uma graninha a mais ficam no front stage e os outros (leia-se os lisos) ficam espremidos num lugar far, far away do palco. O A-ha foi a banda que tocou no último show que fui naquele lugar onde eles economizam o ar condicionado. Me encontrava numa situação financeira ruim e fiquei no lugar destinado aos desvalidos. Estava tão quente, apertado e lotado que acabei passando mal. Pedi ajuda a uma moça da organização que se negou a me VENDER uma garrafinha d'água. Uma outra moça, rica, que estava no front stage, me deu sua água e vomitei ali mesmo. Era impossível até sair para passar mal lá fora. Enfim, foi podre.
           Não podia correr esse risco com os Cranberries. Comprei então o ingresso do front. Mesmo assim, ainda estava apertado e quente, mas valeu cada centavo. Acho que quem gostava um pouco deles, deve ter saído de lá apaixonado. Comecei a gostar deles com uns 15 anos...já fazem quase 10 anos agora. Só assim a gente percebe como está velho. A Dolores, que por sinal é lindona, canta muito, de verdade. E as músicas que eles cantaram foram o mais nostálgicas possível.  Ah meus 15 anos...
Sabe o que é você ficar todo arrepiado ouvindo "ridiculous thought", "dreams", "Analyze", "I'm free to decide", "Salvation"...etc, etc...
           O fato é que eu ficava arrepiada com todas as músicas, com  a força com que ela cantava...
O melhor é que ela saia do palco ao fim de cada música, mas antes que ela desaparecesse atrás da cortina preta, dava para ver um sorriso satisfeito em seu rosto. E ela fez aquela dançinha esquisita.
          Queria que eles tocassem aqui amanhã!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eu tive muitas "raivas" hoje. A primeira foi na rodoviária. Uma menina, de uns 20 e poucos anos, disse a seguinte frase: "Mulher não sabe dirigir nem carro direito, avalie um país".
Não satisfeita, ela continuou: "Eu sou mulher, mas não concordo muito não...Eu só vou voltar no Serra porque eu não quero ela.!"
Como uma mulher abre a boca pra falar uma coisa dessas? E depois vi no jornal que um motorista bêbado que não quis fazer o teste do bafômetro teve sua carteira apreendida. Ele entrou na justiça e ganhou. Ninguém pode ser forçado a levantar prova contra si mesmo.
Mas a menina na rodoviária faz isso de graça.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Suicídio

Estava passando pela 13 de Maio quando vejo o George.Ele vem até o carro e pergunta:
-Sabe o Marcelo B., de barba, cabelo mais ou menos por aqui?
 Fiquei buscando na memória, mas não veio ninguém.
-Ele morreu, suicidou-se ontem.
Essa coisa de suicídio me trás um monte de lembranças, lembranças de pessoas que morreram, que sofreram, que eu conheci. Eu estava lá tão perto, mas não vi nada. Algumas delas anunciaram claramente e cumpriram o prometido. Essa se jogou de um prédio. Estudava na mesma escola que eu. Lembro de quando fui apresentada a ela, pelo mesmo George que trouxe a notícia hoje. Ela tinha um olhar perdido, triste, já conformado com o que previra para si mesma. Sua morte quase não foi noticiada. Na verdade, só soube por outra pessoa que diz ter visto uma breve reportagem em um daqueles programas carniceiros que passam por volta do meio dia.
A outra, foi uma menina que realmente conheci. Ela entrou na faculdade comigo. Foi a primeira pessoa a despertar meu interesse. Conversamos algumas vezes, ela me emprestava revistas do Sandman. Lembrei um dia desses do dia em que a encontrei no centro. Eu estava com minha mãe e ela com a família. Apresentamos nossos entes queridos, trocamos algumas palavras sobre a faculdade e seguimos em frente. Ela era muito meiga, doce, tinha uma voz calma. Personalidade que contrastava com as tatuagens que exibia, e outras tantas que guardava escondidas. Ela trancou o curso, acho que por um ano. Eu estava numa fase ruim quando ela voltou, uma fase de "poucos amigos". Ela se enturmou com outras pessoas e nossas conversas passaram a se resumir a um rápido aceno com a cabeça.
Veio a notícia da morte. Dúvidas sobre a hipótese de suicídio. Mas essa morte eu senti. O impacto fez minha garganta travar. Eu a conhecia, a via quase que todos os dias. Como não percebi que tinha algo de errado? Ficou uma sensação de tristeza.
O outro tentou suicídio. Tomou veneno. Se ele tivesse conseguido, não sei o que eu teria pensado. Esse sim é um amigo. Alguém que conheço, alguém com quem convivi e que, apesar da distância de hoje, ainda me é caro.
Agora esse rapaz. Personagem do Benfica. Sempre pelo bosque, pelos bares, com sua barba e seus cabelos crescidos. Trocamos apenas algumas palavras ocasionalmente. Lembro que o vi pela primeira vez enquanto trabalhava como figurante em um filme Cubano rodado na Casa Amarela. Pedi um cigarro. A namorada dele, uma loira de cachinhos muito bonita, me deu o cigarro e ascendeu enciumada.
E agora acabou.
GAME OVER.